É um palco, e um palco de sonho,
Com figuras sem dever,
Cujo sentido é risonho
Por nada ter de ser.
Interlúdio indecifrável
Entre sentir e o mundo,
Longe da hora implacável
O palco, e o pano de fundo
Castelos de um século morto
Balaústres de esperar
E o drama é no sonho absorto,
Atores de cor e luar,
Que vivem a música
Em transparência alheada
Da vida, que é plebe e mulher,
E da morte, que não é nada.
Poesia de Fernando Pessoa in POESIA 1918-1930.
Juliana, você e F. Pessoa que me desculpem, mas não entendi a poesia. O tema central é a própria vida?
ResponderExcluirMas independente disso, além de muito profunda, pareceu-me que cada palavra foi escolhida a dedo por um grande gênio poeta.